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Usuários na França pagam multas para serem instruídos.

O governo francês decidiu impor sanções pedagógicas contra os usuários de maconha. A partir do próximo ano, as pessoas que forem presas consumindo a droga terão de realizar cursos obrigatórios sobre os riscos para a saúde causados pelo entorpecente.
As aulas, realizadas durante dois dias, serão pagas pelo próprio usuário, como uma multa, e devem custar 450 euros (cerca de R$ 1.100).
O curso será ministrado por médicos, psicólogos e policiais, que falarão sobre os perigos do uso da maconha e do haxixe, inclusive como causa de acidentes nas estradas.
"Temos agora a possibilidade de utilizar procedimentos rápidos e sanções mais pedagógicas contra os usuários para evitar o acúmulo de processos nos tribunais", afirmou o presidente da missão interministerial de luta contra as drogas, Etienne Apaire, em entrevista ao jornal "Le Parisien" desta quinta-feira.
Essa missão interministerial foi criada pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy. As autoridades francesas consideram preocupante o aumento do consumo de drogas na França.
Cultivo
O decreto que prevê a realização dos cursos obrigatórios foi publicado recentemente e o governo pretende que a medida seja aplicada de forma geral no próximo ano.
O consumo de maconha na França é um dos maiores da Europa: há 4 milhões de usuários no país, segundo o Observatório Francês das Drogas.
O número de pessoas que utilizam maconha regularmente aumenta nos últimos anos no país, passando de 3,8%, em 2000, a 5,9%, em 2005, de acordo com dados divulgados em julho.
Além disso, ainda segundo números do Observatório Francês das Drogas, 200 mil pessoas na França cultivam maconha para consumo próprio, o que vem causando queda nos preços e permite, por conseqüência, o acesso mais fácil dos jovens à droga.
O governo francês afirma que não tem a intenção de descriminar o consumo de entorpecentes. As penas atualmente podem chegar a um ano de prisão e 3.700 euros (cerca de R$ 9.600) de multa.
Os cursos sobre os riscos causados pelo uso de drogas é uma iniciativa semelhante àquela já realizada pelo governo com motoristas que causam acidentes nas estradas.
"Conseguimos reduzir consideravelmente o número de mortos e feridos nas estradas com aulas deste tipo. Na luta contra as drogas, a situação é a mesma. Apostamos na pedagogia e na severidade", afirmou o presidente da missão interministerial contra as drogas.
Fonte: BBC Brasil

MORAL DA HISTÓRIA:

Apesar de ser uma boa notícia, o fato de querer instruir e não prender mais o usuário de maconha já está virando modinha entre os países pseudoliberalistas, tudo isso para poder sancionar leis que implicam multas de até 500% acima do valor do salário mínimo vigente, o que vem a ser um verdadeiro rombo no bolso de um trabalhador.
O governo Francês com base em querer "instruir o povo" tem a intenção de continuar proibindo o uso da cannabis exatamente porque sabe que pela estimativa o número de usuários vem crescendo brutalmente e vai crescer a cada dia mais e mais. A receita que o governo gera com essas multas é muito grande e vem se elevando muito para que eles queiram "largar esse osso".
Se o governo legaliza, por um lado perde a receita das multas implicadas aos usuários e por outro lado eles não lucrarão nada porque qualquer pessoa poderá cultivar a erva em casa e em consequência disso, o produto perde o valor de industrialização, e sem industrialização o governo fica sem a sua "fatia do bolo". Sem contar que o governo já vem ganhando com o recolhimento de impostos da comercialização de produtos, materiais e maquinários apropriados para o cultivo de cannabis, ou seja, o governo da França como qualquer governo de qualquer classe de país do mundo, podendo gerar receita dos dois lados, nunca vai querer pensar em legalização amigos!